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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

High - Scope

No dia 6 de Fevereiro tivemos uma sessão de High - Scope, orientada por duas educadoras do colégio traquinauta. Esta actividade estava integrada na aula de Didáctica das Artes Plásticas o que nos suscitou muita curiosidade. Inicialmente estávamos todos confusos com o que se iria suceder, uma das educadoras pediu para entrarmos na sala em silêncio, com os lugares devidamente marcados, um momento de grande autoritarismo, onde não poderíamos dizer uma única palavra. Após esta abordagem a professora despiu o seu papel e encarnou numa via de partilha e comunicação. Aqui ressaltaram questões que debatemos em conjunto, tais como: quando não responderam às minhas questões eu...quando rejeitaram a minha ajuda eu... e quando me disseram para me sentar num lugar pré-defenido eu...E assim, reflectimos que com professores controladores não existia espaço para a colaboração e partilha de opiniões.
O modelo educativo do High – Scope propõe uma postura de negociação, que as decisões sobre a sala de aula sejam tomadas em conjunto com os alunos, as quais designam de estratégias de interacção positiva. O pedagogo deve antecipar os comportamentos através da observação, tentando partilhar o controlo das situações. Esta postura incorpora a aprendizagem activa e é aplicada especialmente em escolas situadas em bairros problemáticos. É essencial que se responsabilize o aluno, conferindo-lhe um papel activo na tomada de decisões e na criação de regras. Os reforços na aprendizagem não devem estar assentes em prémios, deve-se apenas reconhecer objectivamente, possibilitando a independência. Esta actividade teve também um momento de trabalho colaborativo, onde nos eram sugeridos nuns cartões, papéis diferentes a seguir. Estes, ora mencionavam uma abordagem negativa, tais como: mandão, distraído, tímido, confuso e crítico, ora indicavam uma abordagem positiva, tais como: líder, criativo, observador, pensativo e solucionador de problemas. Na primeira actividade, o nosso grupo sobre a esfera negativa não conseguiu construir uma ponte. No entanto, assim que encarnamos outras personagens, as da abordagem positiva, dêmos por finalizado o exercício com sucesso.
Muitas são as possíveis aplicações práticas deste modelo, ressalve-se um dos exemplos que considero muito interessante: ensinar a criança a ver as horas, assim não é o pai ou a mãe que a manda para a cama mas o objecto em si. Deste modo, a criança tem consciência do que está a acontecer. Espero vir a aplicar esta medida!

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