No dia 19 de Novembro de 2010, realizou-se a conferência internacional, “Em nome das Artes ou em nome dos Públicos? Discursos, linguagens e dialectos, do mediador à mediação, em arte contemporânea”. Esta teve lugar na Culturgest com a duração de três dias, onde o primeiro visava o panorama Nacional, o segundo o panorama Internacional e o terceiro, o panorama Brasileiro. Foi neste último que conhecemos Ana Mae Barbosa e consideramos de destaque a sua intervenção.
A oradora começou por contextualizar estatisticamente que no Brasil, 93 % da população nunca entrou em museus e galerias. Sendo um facto relevante compreendemos o panorama do seu pais. No que toca à escola, o estado tenta valorizar a entrada de diferentes etnias, mas a escola pública encontra-se deteriorada. A escola privada acaba por ser a escolha da classe média, não querendo isto dizer que seja a melhor opção. A Arte que se ensina na escola não leva as crianças a sentirem vontade de ir a um museu, logo não prepara para um mundo adulto artístico. Barbosa preconiza a abordagem triangular, referindo a importância da educação artística em ensinar a ver criticamente, a fazer e a contextualizar. Como mudar a educação dentro da sala de aula? Foi uma das questões colocadas, onde se destacou a problemática de que o estudante ao ver uma obra de arte não era levado a pensar.
Para finalizar a sua intervenção concluiu que com o Modernismo a criança tinha uma folha branca para desenhar e, com o Pós-Modernismo, uma releitura que se transformou em cópia. Estas especulações são inteligíveis pela abordagem triangular e pela forma como esta está a ser usada por professores e educadores. A arte visual é elitista depende de críticos, curadores e coleccionares para viver. “Temos de Lutar contra isto”, foram palavras que terminaram esta sessão.
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